domingo, 31 de agosto de 2008

Um dia de merda - Luis Fernando Veríssimo

Aeroporto Santos Dumont - RJ, 15:30...
'Senti um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse. Mas,atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas.
Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão.'Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo, o avião só sairía às 16:30'. Entrando no ônibus, sem sanitários...
Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil falei: 'Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro.'
'Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda.' O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante: 'Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1hora, devido a obras na pista. '
'Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo'. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento.
Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais,
indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se
acomodado. Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada , mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado. Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e
convidá-los a apreciar na privada.Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal. Mas sem dúvida, a situação tava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de piedade, e confessei sério:
'Cara, caguei!'
Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle.'Que se dane, me limpo no aeroporto', pensei.'Pior que isso não fico'.
Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez, como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés. E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líqüida, das
que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade. E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar. Afinal de contas, o que era um peidinho para quem já estava todo cagado... Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez.
Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada.
Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos
curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei falta de papel higiênico em todos os cinco. Olhei para cima e blasfemei: 'Agora chega, né?'
Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para
analisar minha situação (que concluí como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia. Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o'check-in' e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou por cima do
boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. 'Ele tinha despachado a mala com roupas'. Na mala de mão só tinha um pulôver de gola 'V'.
A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus.
Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. Minha cueca, joguei no lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10.Teria que improvisar... A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar. Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar.
Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portãode embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola 'V', sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde. Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o 'RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO' e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria.
A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: 'Nada, obrigado.'
Eu só queria esquecer este dia de merda .
Um dia de merda...
* Luis Fernando Veríssimo* (verídico).




Este selo acima recebi da Diana Rosa Azul.
Adorei!!!
Obrigada pelo carinho!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Ninho temporáriamente vazio



Toda mãe sabe que uma hora os filhos vão começar deixar o ninho, devagarzinho, aos poucos... E com certeza nenhuma mãe está preparada para isso, independente da idade que o filho(a) tenha.


Hoje minha casa está quieta, silenciosa demais e incrivelmente vazia, sem aquela pessoinha falando, mexendo em tudo e principalmente chamando "mamãeeee" a cada dois minutos.
Pois é, ela saiu das escola direto para a casa de uma amiga, já foi para almoçar e só volta amanhã à noite.


É claro que é gostoso ficarmos só eu e meu marido em casa, mas fica incompleto. Sem levar em consideração a preocupação que se tem, "será que ela comeu direitinho (e pode ter certeza que comeu, ela come tudo o que não come ela)?","será que vai conseguir dormir?", "será que não vai esquecer de mim?", será, será será... eu sei que ela está bem e feliz, que está se divertindo muito, mas...


Vão ser 2 dias muito longos!!!



Selinho



Recebi este selinho da Resolvida, amiga muito constante e querida.



O blogs escolhidos têm o direito de exposição do selo em suas páginas, sob a condição de algumas gentilezas: *Divulgação do seu *conceito; *Divulgação do blog que o produziu - Degustação Íntima (CasalqseAma*); *A forma original do selo não deve ser modificada;


Na verdade, eu deveria repassar para algumas pessoas, porém resolvi fazer diferente desta vez e oferecer à todos os amigos que diáriamente visitam o meu blog e deixam comentários.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Falso seqüestro

Hoje, pela manhã, meu pai recebeu uma ligação no telefone fixo da frutaria (meu pai continua trabalhando, apesar de aposentado) e foi informado que eu havia sido seqüestrada. Ao fundo, ele ouvia uma voz de mulher pedindo socorro e chorando muito. Como esse golpe já é antigo, ele perguntou para o suposto seqüestrador, qual o meu nome. É claro que o dito cujo não sabia. Só respondeu que não podia falar e que iria me matar. Pois meu pai, o velho e querido Nagib, disse na lata: "pois então mate". E bateu o telefone.
Com os joelhos tremendo e o coração disparado, telefonou para minha mãe só para certificar se ela tinha falado comigo e se eu estava bem.
Eu estava no hospital, trabalhando desde às 07:00 horas. Quando fiquei sabendo do que aconteceu, fiquei triste e revoltada. Triste, porque meu pai não merecia passar por este susto nem sofrer por minha causa, pois por mais que se saiba que é um golpe, a tendência é sentir medo e pensar "e se for verdade?". Revoltada, porque pessoas inescrupulosas acham-se no direito de tentar extorquir dinheiro de gente honesta e trabalhadora, utilizando-se deste tipo de expediente. O pior e mais doloroso de tudo, é sentir-se impotente, pois não se tem o que fazer!!!
É claro que entrei em contato com ele, precisava tranquilizá-lo. Falei brincando, assim que ele atendeu o telefone: "Oi, pai, quer dizer então que fui sequestrada?"
E ele chorou!!!
De alivio!!!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Caráter





"As causas não determinam o caráter da pessoa, mas apenas a manifestação desse caráter, ou seja, as ações."

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Seja um idiota, por Arnaldo Jabour



Hoje estou completamente sem idéia para escrever. Minha cabeça e meu corpo estão completamente cansados, fiquei literalmente o dia todo no hospital (trabalhando, gente, minha saúde vai bem, obrigada!), correndo entre a rotina e uma reunião, chata e demorada!!! Decidi postar este texto do Arnaldo Jabour, espero que gostem.

SEJA UM IDIOTA


A idiotice é vital para a felicidade.


Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.


No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.


Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.


Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!...


Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?


É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.


Dura, densa, e bem ruim.


Brincar é legal. Entendeu?


Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva.


Pule corda!


Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.


Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...


Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!


Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?


A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!


domingo, 24 de agosto de 2008

Capital Inicial e Kiko Zambianchi - Primeiros Erros



"Meu destino é cada manhã..."

Destaque e Selinho



Olha só que lindo!!!!
A Izi, amiga muito querida, pianista e poetisa talentosa, me ofereceu destaque no blog dela. É uma demonstração maravilhosa de amizade e carinho!
Obrigada, Izi!!!!



Recebi o selinho acima da Resolvida! Adorei!

Repasso para a Carol, Izi, Jan e Juju!

sábado, 23 de agosto de 2008

Sheila Levine está morta e vivendo em Nova York



Calma! É só o título do livro que acabei de ler, aliás respiro livros (acho que você já sabe disso, não é?). Sheila Levine está morta e vivendo em Nova York, foi escrito por Gail Parent na década de 70 e relata a história de uma moça judia, solteira (solteirona, para a família e amigos judeus), de nariz grande (entre as duas alternativas de presente de formatura, escolheu um casaco de peles. A outra era uma plástica no nariz.) e sempre acima do peso. Não conseguiu seguir a profissão para qual se graduou (arte dramática) e depois de datilografar durante bastante tempo numa gravadora(sim, se passa antes da era da informática. Década de 70, lembra?), acabou trabalhando como professora. Relacionamentos? Desastres acumulados. Até que um dia, já aos trinta anos, cansada de tudo, resolve suicidar-se e o livro nada mais é do que o seu bilhete suicida.


É extremamente divertido, uma narrativa gostosa e nem um pouco deprimente. E é impossível, em muitas coisas, não identificar-se com ela! Para quem está a procura de um livro leve e com vontade de rir um pouco, vale a leitura.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Mudanças nas leis de adoção

Há que se comemorar e muito!

Por fim as leis foram revistas e modificadas e a espera, tanto para as crianças que aguardam um lar e uma família, quanto para os casais que querem um filho, com certeza irá diminuir!

Porém, à parte da lei, é necessário que os casais candidatos à adoção, revejam seus critérios e estabeleçam menos exigências, afinal, quando se tem um filho biológico, não se escolhe nada. Sexo, cor e tipo de cabelo, tom de pele, cor dos olhos, tudo fica por conta da natureza!!! Então, porque na hora de adotar, a maioria dos casais fica fazendo exigências? Acho importante num momento de mudanças, que também hajam mudanças nesse sentido!!! Refletir à respeito e reavaliar os valores com relação à maternidade/paternidade é de extrema importância ao se optar pela adoção.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Bullying



Eu não sabia bem o que é bullying, mas acabei descobrindo da pior maneira: com o sofrimento da minha filha na escola.

No decorrer deste ano mandamos vários recados na agenda da escola pelo fato dela vir sendo agredida, com frequência, pelos meninos da mesma turma que ela e recebendo apelidos que a constrangiam. Sempre tentamos contornar, reforçando-a e a orientando para manter-se longe deles, ao mesmo tempo que cobrávamos uma atitude da professora.

Há cerca de 10 dias atrás, a situação agravou-se! Enquanto aguardava para ir embora ao términoda aula, já no pátio da escola, alguns meninos começaram a provocá-la, jogando um ioiô na cabecinha dela, chutando-a nas pernas e chamando-a por apelidos agressivos (porca, era um deles). Chegaram ao ponto de pegar a mochila dela, virarem-na de ponta cabeça, para que as moedinhas que ela tinha caíssem para, então, eles se apoderarem. Pode? Até roubo ela sofreu!!! Tudo em questão de 20 minutos!!!!! Ela aguentou até onde pode, chamou a professora que cuida das crianças na saída e a mesma não deu atenção. Até que não deu mais e ela partiu com tudo prá cima de um dos meninos e começou a bater. Bateu muito! E o que me preocupou , é que ela mesma me disse, quando me contou o que aconteceu, que "não conseguia parar de bater, mamãe, eu não queria mais bater, mas não conseguia parar". Ela perdeu completamente o controle! Ela que é uma criança dócil e amorosa! Não é, nem nunca foi, agressiva!

Eu não consigo conceber que crianças de 8 anos ajam de maneira tão cruel, tão sem limites! A nossa sorte é que a Ana Clara tem absoluta confiança em nós, ela sabe que vamos resolver o problema de qualquer maneira e por essa razão ela nos conta tudo.

No mesmo dia, logo que cheguei em casa, tentei agendar um horário com a coordenadora educacional para conversarmos e obtermos uma solução, mas é claro que ela não estava e não retornou a minha ligação. Mandei, então, um recado na agenda solicitando uma reunião com urgência.

No dia e no horário marcado, eu e meu marido, comparecemos à escola para dita reunião. Falamos tudo, mas tudo mesmo, o que estava entalado na garganta por conta do sofrimento inflingido à nossa filha. Assim como os pais têm que prestar atenção e levar em consideração os sinais que os filhos apresentam ou aquilo que eles contam, a escola precisa considerar as reclamações dos pais, e fazer a sua parte! Cobramos, sim e exigimos, sim, fizemos o nosso papel de pais. E se mais pais fizessem o mesmo, as escolas seriam obrigadas a cuidar com mais atenção da disciplina.

O bullying corre solto nas escolas, e não ocorre só dos mais velhos para os mais novos, ou dos mais fortes para os mais fracos, ocorre entre os iguais!!! E isto é muito apavorante! Pode ter certeza que se antes já eramos cuidadosos, agora seremos 3 vezes mais. Para nós é de extrema importância que nossa filha cresça emocionalmente saudável, com sua auto-estima preservada, íntegra e segura de sua capacidade. E com a certeza de nosso amor por ela.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

"A maior solidão", por Vinícius de Morais



"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.


A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.


O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre."

Let's Dance

Fiz esta montagem para a Ana Clara e meu pai, ficou bem bacana!
Dá para escolher o ritmo e eles dançam!

domingo, 17 de agosto de 2008

Amigos!

O meu blog foi invadido por um cracker (aquele ser que pensa que é muito esperto e normalmente se dá mal)! Não me pergunte como, mas com certeza deve existir uma maneira de se fazer isso e essa criatura deve ter muito tempo disponível para descobrir, pois se tivesse algo mais produtivo para fazer... Estaria FAZENDO! É triste perceber que existem pessoas que se julgam acima do bem e do mal e dos limites do bom senso e da privacidade alheia, absolutamente sem noção!
Os posts da Amy Winehouse, que estavam aqui, foram postados por esta infeliz pessoa, plagiando o post original que foi feito em julho. Acho que avaliou que a escrita estava aquém de tão precioso conhecimento e quis melhorar, sei lá... Mas sempre deixei muito claro para quem aqui costuma vir, que não sou escritora, que não tenho interesses literários. Escrevo porque gosto, porque acho que é uma forma de pôr tudo o que está acumulado, para fora. Uma nova maneira de não se criar rugas!!!! rsrs
Peço desculpas aos amigos que postaram comentários e que, infelizmente, foram deletados junto com os posts.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

"O Velho Pinheiro", por Paulo Roberto Gaefke



Recebi por e-mail este texto e decidi compartilhar. Leia, é bem interessante!

"Um dia, diante da velha árvore torta, um pinheiro todo vergado pelo tempo, o sábio da aldeia ofereceu a sua própria casa para aquele discípulo que "conseguisse ver o pinheiro na posição correta". Todos se aproximaram e ficaram pensando na possibilidade de ganhar a casa e o prestígio, mas como seria "enxergar o pinheiro na posição correta"? O mesmo era tão torto que a pessoa candidata ao prêmio teria que ser no mínimo contorcionista.

Ninguém ganhou o prêmio e o velho sábio explicou ao povo ansioso que, ver aquela árvore em sua posição correta, era "vê-la como uma árvore torta". Só isso!

Nós temos, em nós, esse jeito, essa mania de querer "consertar as coisas, as pessoas, e tudo o mais" de acordo com a nossa visão pessoal. Quando olhamos para uma árvore torta, é extremamente importante enxergá-la como árvore torta, sem querer endireitá-la, pois é assim que ela é. Se você tentar "endireitar" a velha árvore torta, ela vai rachar e morrer, por isso é fundamental aceitá-la como ela é.

Nos relacionamentos, é comum um criar no outro expectativas próprias, esperar que o outro faça aquilo que ele "sonha" e não o que o outro pode oferecer. Sofremos antecipadamente por criarmos expectativas que não estão alcance dos outros. Porque temos essa visão de "consertar" o que achamos errado. Se tentássemos enxergar as coisas como elas realmente são, muito sofrimento seria poupado.
Os pais sofreriam menos com os seus filhos, pois, conhecendo-os, não colocariam expectativas, que são suas, na vida dos mesmos, gerando crianças doentes, frustradas, rebeldes e até vazias. Tente, pelo menos tente, ver as pessoas como elas realmente são, pare de imaginar como elas deveriam ser, ou tentar consertá-las da maneira que você acha melhor. O torto pode ser a melhor forma de uma árvore crescer.Não crie mais dificuldades no seu relacionamento, se vemos as coisas como elas são, muitos dos nossos problemas deixam de existir, sem mágoas, sem brigas, sem ressentimentos.

E, para terminar, olhe para você mesmo com os "olhos de ver" e enxergue as possibilidades, as coisas que você ainda pode fazer e não fez. Pode ser que a sua árvore seja torta aos olhos das outras pessoas, mas pode ser a mais frutífera, a mais bonita, a mais perfumada da região, e, isso, não depende de mais ninguém para acontecer, depende só de você.
Pense nisso!"

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A soberba, por Rosemeire Zago

A estrutura funcional d instituiçao onde trabalho foi modificada e, no final das contas, estamos com caciques demais e índios de menos.
Foi pensando nisto que pesquisei e acabei encontrando o texto que transcrevo abaixo. É muito interessante.


"São Tomás de Aquino considerou a soberba um pecado específico, embora possa ser encontrado em todos os outros pecados. A soberba é a forma básica do pecado. Ela teria sido a responsável pela desobediência de Adão, que provou o fruto proibido com a ambição de se tornar Deus. A soberba leva o homem a desprezar os superiores e a desobedecer as leis. Ela nada mais é que o desejo distorcido de grandeza.

A pessoa que manifesta a soberba atribui apenas a si próprio os bens que possui. Tem ligação direta com a ambição desmedida, a vanglória, a hipocrisia, a ostentação, a presunção, a arrogância, a altivez, a vaidade, e o orgulho excessivo, com conceito elevado ou exagerado de si próprio. Quantas pessoas de nosso convívio conhecemos com algumas, ou todas, essas características?

Em algumas citações dos sete pecados, utiliza-se o termo cobiça, que é ambição desmedida, o desejo veemente de possuir bens materiais. Em outras citações podemos encontrar o termo soberba que é o orgulho excessivo, arrogância, elevação ou altura de uma coisa em relação à outra, e que leva à soberania, que é o poder ou autoridade suprema. E ainda podemos encontrar o termo orgulho, conceito exagerado de si próprio, com amor próprio demasiado. Ou seja, esse pecado tem relação direta com a ambição desmedida pelo poder e o orgulho exagerado.


Sede de poder

Não encontramos o poder apenas na política ou nos cargos elevados. O poder como a capacidade de fazer com que outras pessoas ajam na dependência de sua vontade, pode ser encontrando em muitos exemplos em nosso dia-a-dia. Quantos pais não exercem seu poder com seus próprios filhos? A dona de casa que impõe sua vontade com a diarista? Quantas pessoas que se aposentam não ficam em depressão pela perda do poder que isso acarreta? Não querer abrir mão de uma autoridade que durante tantos anos deu sentido e valor à sua vida, pode trazer muito sofrimento, mas que também não é assumido. Ninguém abre mão do poder, ou sequer, de uma parcela dele, com facilidade e satisfação. A perda do poder, ou de uma parcela dele, muitas vezes é sentida como sendo alguém de menor valor, pois são pessoas mais preocupadas em ter do que em ser.

O conceito exagerado de si próprio, o amor-próprio demasiado, a necessidade de poder, são apenas máscaras que buscam compensar a falta de amor que sente por si mesmo, pois possui em geral uma necessidade de auto-afirmação. O orgulho está diretamente relacionado com a falta de amor-próprio. A ambição pelo poder e a aquisição de bens materiais podem ser uma forma de compensar um sentimento de vazio. Esse impulso para o poder, essa necessidade de querer ter mais, pode ainda ser conseqüência do sentimento de inferioridade e da sensação de desamparo, fragilidade e impotência, presentes em muitos de nós. Porém, esses sentimentos são
mais intensos naqueles que, nos primeiros anos de vida, não encontraram junto aos adultos com quem conviveram, o conforto, o acolhimento e o amor que amenizassem esse desamparo. O que explica o fato da necessidade de poder ser vital para algumas pessoas e de menor significado para outras.

A soberba está muito distante da humildade, característica básica de quem possui algum autoconhecimento. É lamentável que algumas pessoas só percebam esses comportamentos no final de suas vidas, muitas vezes num leito de hospital, quando muito pouco podem fazer para reconstruírem o que destruíram, nos outros e, principalmente, em si mesmas. É preciso desenvolver a consciência que seu valor enquanto pessoa independe da posição ou aquisição, mas que acima de tudo, somos todos seres humanos, em constante processo de evolução, independente do que temos, mas com certeza por aquilo que somos."

Prêmio Blog Massa

Recebi este prêmio da minha amiga querida Bruxinha da Noite, (http://cantinhocigano.blig.ig.com.br/).

Repasso para:



domingo, 10 de agosto de 2008

sábado, 9 de agosto de 2008

Indiferença...



Às vezes ocorrem situações em que pessoas saem magoadas por outras. Pode não ter ocorrido exatamente comigo, mas se a pessoa em questão é diretamente ligada à mim, partilha sua vida comigo, então sou afetada também. Porém, quem não mede palavras ou consequências dos seus atos, que não conhece a palavra diálogo, nem a frase "saber ouvir", merece apenas uma atitude: a indiferença!!!

Transcrevo um trecho de um texto de Martha Medeiros, em que ela fala sobre a indiferença:

"Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada."

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Prêmio Dardos

Recebi este prêmio da minha nova amiga, e já muito querida, Resolvida Na Vida, dona do blog de mesmo nome ( http://resolvidanavida.blogspot.com/). Aliás, um blog bem interessante!!! E, também, da minha amiga Carol, um doce de pessoa do blog "Quero o Rio de Janeiro nos Tempos de Paz" (http://carolporcarol2.blogspot.com). Obrigada, meninas! Adorei!
Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.
O Prêmio Dardos tem certas regras:
1. Aceitar exibir a distinta imagem ( que está logo acima).
2. Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
3. Escolher quinze 15 blogs para entregar o "Prêmio Dardos. "
Repasso para:

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Dia Primeiro de Agosto

Esta data diz alguma coisa prá você? Não, não é mesmo? Mas pra mim diz muito!!!
Foi neste dia, em 2000, que minha vida mudou definitivamente! Não só a minha e de meu marido, mas a da minha família inteira. Neste dia, sem pedir licença e após muita espera, a Ana Clara entrou em nossas vidas. Um embrulhinho pequeno, mas repleto de alegria e muito, muito amor!
Neste dia nós a fomos buscar no "Lar O BomCaminho" para trazê-la para casa, após 10 meses de espera na fila de adoção. Eu sei que aparentemente a espera não foi grande, porém só tivemos data para o início da espera e não para o fim. Poderia durar 2 meses, como poderia durar 3 anos. Mas mediante o fato de não exigirmos nada (queríamos um filho e não um animal de estimação), a chegada dela foi relativamente rápida.
Foi indescritível a sensação! Não dá para colocar em palavras, acho que são insuficientes. Mas ver aquele nenê embrulhadinho em uma manta branca e com um lacinho na cabeça sendo trazida para nós, sabendo que era nossa... Meu Deus, nunca me senti tão feliz!!! Tão plena! Tão "mãe"! Foi amor à primeira vista! Naquele exato momento ela havia nascido para nós.
E ela sempre foi tudo o que poderia se esperar de uma filha, acho que até mais. O amor por nós é incondicional e nosso amor por ela também. Me emociono agora ao escrever, só de lembrar de cada detalhe, de cada novidade diária, de cada gesto.
O que quero dizer aqui, para ficar registrado de forma definitiva, é que não importam os laços consanguíneos, e sim, os laços afetivos. Estes é que são definitivos e permanentes, já que são construídos!
Eu sei que você tem curiosidade em saber se ela sabe que foi adotada. E vou te responder: sabe. Sempre soube, e é feliz. Para ela é natural, pois "eu precisava de um papai e de uma mamãe e a mamãe e o papai (até hoje ela nos chama assim) precisavam de uma filhinha e assim nós ficamos juntos". É assim que ela fala. Resolvida e tranquila com a sua história!!!
Ana Clara, a mamãe e o papai agradecem todos os dia à Deus pelo privilégio de tê-la em nossas vidas!

sábado, 2 de agosto de 2008

E a estiagem continua...

Ainda estou com um pouco de dificuldade em escrever.
Aproveitando o conteúdo de um e-mail que recebi, resolvi postar isto:




No coração de cada animal abandonado mora o desejo único de ser amado.