terça-feira, 6 de março de 2007

Ana Clara

Eu tenho uma filha, Ana Clara, que é tudo de bom que pode existir.
Ela é linda, meiga, inteligente, brincalhona, amorosa, dona de uma risada deliciosa, que quando dispara nada faz parar.
Só que com todas essas características boas, as outras crianças (leia-se "meninos") notam, principalmente, o tipo físico dela. Ela é uma menina "grande", não é obesa, mas tem uma estrutura física grande. É muito alta para a idade e, claro, o peso acompanha o tamanho. Só para se ter uma ideia, ela está calçando n.32 com apenas 6 anos de idade. Bem, por ela ser assim esses meninos vivem andando atrás dela pelo play-graund do condomínio, chamando-a de "gorda", "gorducha"e outros adjetivos semelhantes.
Essa ditadura de que "só é bonito quem é magro" já começa na infância, quando a crueza beira a crueldade e as crianças nada mais fazem do que reproduzir o que ouvem em casa e em outros ambientes habituais.
Procuramos estimular uma alimentação saudável e a prática de esportes por uma questão de saúde, não por estética. A prática de esportes ocorre por que gosta: já fez natação e agora vai iniciar ginástica olímpica.
É muito difícil para uma mãe ver a filha com apenas 6 anos, chorando, triste e umilhada, por não ter o tipo físico convencional. Sempre, eu e marido, tentamos fazê-la aceitar-se como é, mostrando que dentro das diferenças também existe beleza. Ou melhor, a beleza existe por causa da diferença.
Meu amor, você é LINDA!!!!

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