segunda-feira, 10 de maio de 2010

Se te pareço noturna e imperfeita

Olha-me de novo.

Porque esta noite

Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.

E era como se a água

desejasse.

Escapar de sua casa que é o rio

E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há um tempo.

Entendo que sou terra. Há tanto tempo

Espero

Que o teu corpo de água mais fraterno

Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta

Olha-me de novo. Com menos altivez.

E mais atento. Hilda Hilst

Um comentário:

Alma Poética disse...

LIndo seu blog sigo-te espero em breve sua visita em meu holl seguidores Bjux de anjo

Marquinhos