terça-feira, 7 de agosto de 2007

Pois é...

de pensar morre um burro ou se cria um gênio!!!
Acho que todos sentimentos incompreensíveis, a gana de carregar o mundo nas costas e a sensação de ser a válvula da panela de pressão, é
comum à maioria das mulheres. Mais cedo para algumas, mais tarde para outras. Pensei muito nisso, e cheguei a esta conclusão!
Tá, tá bom, não foi só pensando,
não. Em conversa com as minhas amigas, também.
Mudam um pouco as situações, mas consequências são as mesmas.Num momento sentem-se invadidas e pressionadas e em outro um verdadeiro estorvo.
Para minhas amigas (Rô, Mari, Cris e Verena) e para mim mesma, dedico este poema de Adélia Prado:
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta,
anunciou:vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Nenhum comentário: